domingo, 5 de dezembro de 2010

anulando aquele texto mais ainda.

Eu nem sei como eu fui pensar em desistir.
As palavras de uma, que encorajam, que temem e não temem, que vêem esperança; a silhueta de outra, que voa no chão, que faz mexer o tórax mas prendem a respiração e quase matam, pra salvar fazendo arrepiar os pêlos do braço e as lágrimas escorrerem; a devoção de uma outra ainda, que é tão envolvente e tão sedutora que faz pensar no porquê de alguém não querer ser como nós,
artistas, compreendidos e incompreendidos, como todo bom, que fazem correr o oxigênio pelo sangue de quem tem a sorte de entender, de quem vê o mundo como nós vemos, de quem quer mudar o que é preciso mudar nas mais diferentes formas de expressão.
Hoje escorreram lágrimas dos meus olhos de pura emoção, sem soluços, sem caras tristes; mas de ver as silhuetas dançarem balé, sentir a arte emanar de cada corpo e saber, com certeza, que é aquilo que corre nas minhas veias, é aquilo que eu quero e que são pessoas como aquelas, e estas, que eu quero à minha volta, pra sempre.
Eu nem sei como eu fui pensar em desistir.

à Giulia Confuorto de Castro (eu falei que não dava pra parar), Carolina Almeida Tomaz, Natalie Magarian, Amanda Guedes Pereira e Luiza Frocht, por terem no sangue o fluido da arte.
E devo acrescentar que estou mais do que feliz por ter acordado recentemente, e por querer estar com vocês.

sábado, 4 de dezembro de 2010

anulando o texto abaixo.

Uma kombi, que seja, talvez.
Mas pintada pelas nossas próprias mãos, de vermelho, roxo, verde, azul e todas as cores que a gente bem entender; pôsteres velhos no interior, bailarinas dançando ao redor, fotos de tudo coladas no painel, no vidro da janela, no freio de mão.
Por querermos ser, seremos o que não queremos ser, mas que se foda, porque o que eu quero eu serei; e serei junto com você, que acredita, encoraja, e vê o mundo de uma forma que pouquíssimos vêem ou viram e agora já não vêem mais nada, mas que viram mais do que os próprios olhos.
Nós vamos fazer nossa jornada como ninguém fará, não importa o que aconteça em cima dos nossos ombros. E eu só espero ter pessoas como você ao meu lado, pra eu motivar e pra eu ser motivada. Cada sorriso vira uma nova inspiração.

à Giulia Confuorto de Castro, porque não dá pra parar de dedicar sentimentos a ela.
E também a todos os artistas que estarão comigo nos próximos tempos, seus sorrisos serão sempre, e eu digo sempre, inspiradores.
(Giu, Cá, a gente sobrevive com X-Saladas de dois reais!)

domingo, 14 de novembro de 2010

HOW I BURN

- Alô?
- Olá, boa tarde, eu gostaria de falar com o senhor Massaru Niwavaki, este se encontra?
- Não senhor, não conheço Niwavaki nenhum pra falar a verdade.
- Ah, perdão, foi engano.
- Ok.
- Boa tarde.
- Falou.


- Alô?
- Olá, boa tarde, eu gostaria de falar com o senhor Massaru Niwavaki, este se encontra?
- Senhor, não tem nenhum Niwavaki aqui.
- Ah me desculpe de novo...
- Tudo bem.
- Tenha uma boa tarde!
- Tá ok. Cê também.

- Alô?
- Olá, boa tarde, eu gostaria de falar com o senhor Massaru Niwavaki, este se encontra?
- Olha, senhor, o Niwavaki tá difisio. *trollando*
- De novo!
- Massaru Niwavaki ou Massaru Miyazaki?
- Ahnnn... Miazaqui!
- Beleza então. É da casa dele sim.
- Perdão, eu quase nunca erro nomes de asiáticos.
- Hã... Legal, cara.
- Da próxima vez você pode me corrigir.
- Tá bom, hah.
- ... Bem, ele se encontra?
- Não senhor.
- Pode anotar um número pra ele retornar a ligação então?
- Posso, fala aí.
- Já posso falar?
- Pode.
- Você tá anotando mesmo?
- Tou.
- 31x4x2xx. (só bati no teclado numérico e no x até dar oito digitos, não lembro o número né galero.)
- Hmmm ok.
- Pode repetir o número?
- Hãaaa.. quê?
- Pode repetir o número por favor?
- Que número?
- O telefone que eu acabei de passar.
- Ah sim, haha, é, três... ai meu deus o que é isso? Tá pegando fogo! AI MEU DEUS QUE QUE EU FAÇO? ALGUÉM ME AJUDA
- Senhora, você está bem?
- TEM FOGO AQUI AI MEU DEUS TÁ QUEIMANDO TUDS!
- CHAMA O BOMBEIRO
- *FFFF* *FFFF* TO ASSOPRANDO!
- O BOMBEIRO!
- *FFFFFFF* TÁ DANDO CERTO!
- JOGA ÁGUA!
- *FFFF*
- /roda (o emoticon pls)
- Ufa!
- A senhora está bem?
- Tô legal.
- .... Teve um incêndio aí mesmo?
- Não.
- Tu devia parar de brincar no telefone, sua mãe não te deu educação não?
- HEH. Tava testando sua esperteza já que você não erra nem nomes asiáticos!
- Anote o número fazendo o favor?!
- Anoto. Fala.
- 3xxxxxxx
- Não vai me pedir pra repetir, vai?
- Não.
- Beleza.
- Isso é importante, sabia? Seu pai precisa se resolver com o banco pro nome dele não ficar no vermelho!
- É que você ligou pra mim ontem, no mínimo três vezes, e eu falei três vezes pro senhor que ele não pode ligar por enquanto porque a linha de telefone do escritório dele tá com problemas. E não é porque ele não pagou a conta. Só que o senhor continua ligando, sendo que o horário de funcionamento do telefone que você me passa não coincide com o horário que ele chega em casa.
-*bufando*
- Posso desligar agora, senhor? Você provavelmente vai levar uma bronca do seu chefe em poucos minutos.
- Pode.
*tuuu tuuu tuuu*



- Alô?
- Por favor, o senhor Massaru Mikavaki se encontra?


 Não, senhora, quer deixar recado ou telefone?



Baseado em fatos reais.
É. 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Segredo

Esse texto não é meu, mas acho-o indigno de apodrecer na caixa de entrada de um e-mail que não mais uso. Então fica aqui, entre quatro paredes, comigo e vocês, meus amigos, quais tenho coragem de dividir o que se passa dentro da minha mente; foi escrito por alguém que ainda vive, mas vive longe, e que também passou muito por ela...


Abraçando as pernas encolhidas perto ao peito enquanto instintivamente balançava-se para a frente e para trás, via as sombras desconhecidas que faziam movimentos lentos e repetidos na tinta descascada do cômodo pobremente iluminado pela luz amarelada, que penetrava disformemente espalhada pelos antigos vidros onde escorriam grossas gotas de água que caíam lentamente e incessavelmente desde que subira as escadas até o terceiro andar e vagarosamente escorregara com as costas apoiadas na parede gelada da casa, atônita.

Expondo uma personalidade extrovertida, Agatha, raramente era vista sozinha, era sinônimo de alegria à todos que a cercavam quando bastava ver as covas formando-se em sua bochecha para retribuir a alegria com comportamentos efusivos. De inesquecíveis situações improváveis me lembro quando vem à mente sua imagem, e a melhor descrição que posso compor sobre ela é: 'aquela que se torna a melhor amiga da noite para o dia'; exatamente o resumo de minha história com ela.

Fisicamente não fazia jus ao nome; era apenas comum enquanto pretensões amorosas eram atiçadas por sua despretensão com o mundo. Isso sim era afável. Criando em seu redor situações aprazíveis mesmo entre acontecimentos nem tanto, todas companhias se dispunham agradáveis e qualquer situação emocionante.

Quarto, escada, porta, rua; escuridão e silêncio unicamente quebrados pelo ouvir das histórias singularmente proferidas com aquela voz doce e complacente, mas que mesmo desse modo ninguém atrevia-se a interferir e apaziguar a doce sincronia de suas frases ao mesmo tempo serenas e espevitadas, que faziam preferencia à ouvi-las mesmo ao invés de uma ária cantada com qualquer distinguida voz.

Agatha, que agora vejo tão distante, apenas conserva a carcaça que um dia fizera-me - assim como a muitos outros - parafrasear mentalmente eternos discursos exarados sem êxito para exprimir uma ideia tão simples: vontade. Vontade de Agatha; isso devia ser promovido à uma expressão universalmente significante como a maior vontade relacionamental humanamente concebível.

Conduzindo como brincadeira efêmera quando naquele memorável pequeno café de esquina ela me disse que o pequeno garçom de aparência turca, ainda em treinamento, pensara sacanagens à seu respeito, ou melhor, sem respeito, fantasiei a continuação:

- Quer adoçar agora? - disse ele - Eu adoro lamber calda de chocolate.
- Calda de chocolate no café?
- O café e os cigarros podemos deixar para depois.

O calor dos fornos à gás que douravam os pães das sete misturava-se ao suor melado de pele sobre pele, criando vapor junto as baforadas graves e úmidas de prazer enquanto a fila de clientes se formava junto ao balcão esperando por atendimento.

Um chiclete pisoteado quebrava o marrom da calçada com um tom vermelho em um círculo que aumentava de um grão de poeira ao infinito enquanto os ramos verdes, antes tão juntos, pareciam ter brigado. O barulho do violento vento trouxe uma imagem estática de uma garotinha com a mão para fora do carro, usando toda a força para não deixar o braço ser levado embora, tentando manter os olhos lacrimejados abertos, imaginando formas para as nuvens, que dessa vez foram extirpadas pelos prédios que cresciam em direção ao céu vermelho por um ínfimo momento, para depois se tornar penumbra.

Talvez a racionalidade egoísta tem sua utilidade ao anular emoções com auto piedade: sem a radicalidade desse momento muito trabalho seria poupado, mas ao menos, limpando a sujeira feita na calçada aquele chiclete foi levado e confundido junto à água que, seguindo seu ciclo natural, seria reaproveitada quem sabe transformando-se em champanhe de maçã: desgraça para os que caem, carnaval para os que sobem.

Quarto, escada, porta; analisava a densa neblina que se espalhava por todos os lados naquela manhã, e que escondia o mundo de poucos metros à frente, deixando, do lado de fora, só visíveis as copas das árvores mais altas e os postes de luz já apagados. Para ela era até acolhedor acreditar que agora, nessa ilusão, tudo o que existia estava ao alcance de suas mãos.

Fomos os primeiros amigos a chegar, eu e Agatha, e com condolências aos parentes e a ex-amiga sentamo-nos em eterno silêncio. O centro das atenções provavelmente escondia os restos mortais de uma marionete: separados e deformados pela calçada, e que mesmo fechado exalava a gelidez que escurecia a sala.

Algo atraiu minha atenção. Um velho de costas curvadas caminhou rigidamente até ao lado do caixão, franziu as monocelhas como quem faz força para não marejar os olhos, e curvou o nariz adunco para perto do caixão. Pedro poderia ser seu nome e descrição. Lentamente começou a curvar o cotovelo, levantando o braço com pequenos movimentos travados por baixo da blusa de lã preta, como um gago fala quando amedrontado. E naquele momento, que apenas era, o salão inteiro teve os calafrios de medo e perdição que trescalavam daquele tronco trêmulo. Os dedos enrugados como o de alguém que estivera submerso líquido por anos tocaram a nova casa da neta, enquanto a palma da mão pressionava o carvalho morto, tentando com todos os pensamentos tocar, agarrar e guardar para sempre o passado; e foi assim que começaram os olhos daquela mão a despejar memórias que uma conhecida o levou com um abraço empático até a sala ao lado.

- Vai se foder!

Olhos sobre Agatha e os seus sobre o chão: reclusão.

- O que foi isso? - perguntei sussurrando
- Aquela vadia farsante! Quero sair daqui.

Quarto, escada; murmúrios cessam imediatamente quando olhos apreensivos pousam sobre o movimento da porta. Não, não éramos nenhum parente próximo; 'podem vocês voltarem a discutir o tamanho dos pintos dos amigos de seus maridos, e vocês sobre como foderam com a ex porque sua mulher se recusava a te chupar. Gabem-se por esconderem tão bem. Ambos;' e lá o senhor estava, sentado recebendo um copo de água da nova amiga.

- Tome, vai te ajudar a se acalmar.

'Um copo de água para engolir junto as lágrimas, porque, convenhamos, que vexame seria estar um senhor dessa idade aos prantos.' Sim, esconda-o, faça-o esconder, faça-o condizer, faça-o pensar eternamente - pelo ínfimo de eterno que ainda existia para ele - sobre a pedra que fora ao suprimir o seco gosto de terra que o copo dágua tinha.

Agatha mexia o pescoço e os olhava incessantemente de um lado para o outro parando em cada pessoa, arregalando cada vez mais os olhos, até seu queixo começar a vibrar, a mão tremer e a inquietude me irritar.

- Cara, você tá tremendo. Vou trazer um copo dágua.

Bruscamente virou seu corpo de frente ao meu e analisou meus olhos com a expressão mais intensa possível, e sem que fossem necessárias palavras para eu saber que para ela eu estava morto, virou-se e caminhou em como um vulto negro em procissão.

Quarto; um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete. Três vezes. O trinco. O corredor. A primeira porta.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Reflexo

Teus braços me cobrem quase inteira
Como se me protegessem de mais danos
Parecendo que me conscientizas
Da loucura que envolve nossos abraços.

Como se fosses mesmo parte de minhas entranhas
E soubesses por onde andam minhas palavras
Sem a necessidade da minha fala, que ora é um evento amargo,
Como se pra ti eu fosse um livro esperando ser lido.

Então eu é que agradeço a tua presença
A tua atenção à minha indiferença
A tua existência no meu ser informe

E te peço que sejas meu amigo sempre, pois às vezes não mereço
E sendo assim, se sou reflexo de coragem,
Sou teu espelho.




(não sei escrever poemas, não gosto de escrever poemas, mas precisei)

Queimei tuas coisas.

Um calor infernal tomou conta do porão.
Agonizante.
Claustrofóbico.
O fogo brilhava e refletia nos meus olhos, mais escuros que de costume.
Dilatados.
Amarelos.
As fotos queimavam junto, nossas fotos, as fotos que tiramos nos seus ditos melhores dias de sua vida.
Mentirosas.
Precipitadas.
Tuas cartas embolavam e dançavam sozinhas e eram comidas por um feixe de luz laranja, como se dançassem num ritual de esquecimento, uma simpatia antiga que herdaram das árvores genealógicas do teu passado, colocado ali por tuas mãos vazias e ressecadas que tanto passaram pela minha nuca em movimentos desiguais e desesperados; um amontoado de sentimentos confusos escritos, fotografados, presentes, embrulhados, com um laço vermelho e azul. Teus sonhados significados deprimentes, o verde dos teus olhos ficando azul e seu rosto pálido avermelhando e regurgitando palavras.
O fogo ardendo nas tuas costas, tua pele branca acinzentando, teu desespero por oxigênio, tua corrente sanguínea evaporando e invadindo meus pulmões como perfume, tuas sobrancelhas loucas de agonia, tua vontade de me fazer sofrer,
Ata-me, acorrenta-me, me tortura, prende-me na tua nuca e me deixa te sufocar, mais novo monte de cinzas, e pegar de volta o ar que roubastes de mim!

domingo, 3 de outubro de 2010

Domingo de outubro

Pela primeira vez na vida eu me interessei por eleições. Antes eu não via debates, não lia notícias, não ia atrás porque eu sempre acreditei que de um político pra outro não havia a mínima diferença, porque no final o Brasil terminaria sempre vomitando corrupção por aí (Telecom que o diga).
E por um lado, eu não estava tão errada assim.
Votem com consciência. ):


Plínio aprova

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Talvez bastante sal

 - E você?
 - Seria a favor da antropofagia.
Olhei espantado. Imagine você, quando alguém realmente te admira, te mata e te come. Com um pouquinho de sal.
 - Antropofagia? Não tinha nada melhor na sua cabeça não?
 - Até tinha... mas eu gostei de antropofagia.
 - Isso é algum fetiche? Porque se for, acho melhor você ir mais pra lá...
 - Não é não! É só algo que eu praticaria.
 - Mas por quê?
 - Engoliria o Kassab, por exemplo. Ainda poderia dizer que foi por pura admiração.
 - Aí não é antropofagia.
 - Exocanibalismo, antropofagia... Tá quase tudo ali. Acabaria com muita gente que não devia estar aqui.
 - Você tem um ar de fascista disfarçado que...
 - Eu sei. Mas garanto que nunca simpatizei com Mussolini.
 - Você não é de Deus, cara.
 - Nem você.
Voltei pra casa frustrado. Nunca havia imaginado alguém que me olhasse nos olhos e falasse "eu seria a favor da antropofagia e canibalismo". Senti um pouco de desgosto, até passou pela minha cabeça ele comendo as pernas de algum ex-presidente da república, ou quem sabe algum skinhead bem recheado.
Comecei a pensar em como a sociedade reagiria ao saírem cultos antropófagos no Jornal Nacional, escandalizados pedaços de humanos esquartejados, uma taça de vinho e um guardanapo usado. O tanto de cristãos fazendo o sinal da cruz, maçonaria acusando de nova característica de alguma teoria da conspiração, orações pelo espírito do banquete, macumbeiros macumbando, urubuzinhos tirando lasquinhas. Uma cena um tanto quanto nojenta, sangrenta e abençoada.
O termo "abençoada" então me fez lembrar de um livro de um autor russo chamado Fiódor Dostoievski e sua obra-prima irmã de Hamlet, Os Irmãos Karamazóv. A grande pergunta do livro é a seguinte:

E se Deus não existir? Se todas as crenças religiosas, todas as questões, se tudo isso fosse abandonado e todas as pessoas do mundo todo desacreditassem e religião virasse um assunto niilista; tudo seria permitido?

Acredite ou não, mas antropófagos têm desculpas pra comer carne humana do mesmo jeito que carnívoros têm desculpas pra comer hambúrguer. "Sangue exige sangue". Do mesmo jeito que o ser humano, as vacas sentem, só não falam sua língua. É tipo você comer um russo que tentou falar japonês com você num sotaque irlandês.
E não abrange só carne e idiomas e mugidos, mas todas as visões éticas de um ser sobre outro. Se todos deixassem de acreditar em Deus, ainda haveria alguma ética entre as pessoas? Haveria respeito? A violência dominaria o mundo ou as pessoas se respeitariam?

Por outro lado, será que as pessoas precisam da religião pra manter uma ordem, manter as cabeças no lugar? Ter alguma razão pra viver, pra existir e cumprir o seu papel no mundo?
Deus é a esperança dos desesperados, o motivo pra cada pessoa pobre querer viver e não querer comer as pessoas que passam na rua pra não morrer de fome, talvez. Deus serviu pra acalmar a classe trabalhadora e mostrar pra ela que havia alguma luz no fim do túnel.
Virei ateu.
Luz no fim do túnel, ora essa! Antônio Conselheiro por acaso salvou alguém? Trouxe uma luz imensa de esperança, ah, isso sim, mas no final todos se encontraram com armas de fogo na testa. Nunca ouviu falar de que o honesto sempre se dá mal no final? E por quê? Porque é honesto! Se você é honesto, hoje em dia, você é bobo. Você se deixa passar pra trás, não tem a lábia ou a malícia. Mas como assim?! Significa que quem tá no céu é Jesus e fim, certo? Ninguém mais é honesto. Ninguém mais é do bem. Há controvérsias em toda parte, Hitler foi como um pedaço do céu pra alguns alemães e foi um demônio encarnado pra milhares de judeus. Milhares, de judeus.
Sei lá se o cara existe ou não. Como é que eu vou saber? Alguém sabe por acaso? Sei só que acredito que ele não exista. Faz mais sentido pra mim.

Antropofagia.

- Ainda não entendo você querer comer gente.
- Nem eu.
- Ué!
- Acontece que talvez algum dia eu precise disso.
- Comer gente?
- Exato.
- Um puro soldado na trincheira.
- Comendo meus amiguinhos com sal, na esperança de vencer a guerra por eles.
- Sobrevivendo.
- Sobrevivendo não só por mim, mas em nome dos outros.





Eu não entendi isso direito.
Em compensação, nenhum dos assuntos tratados aqui é realmente completamente... entendível. Ficam então as questões no ar, e a indicação do livro "Os Irmãos Karamazóv", de Fiódor Dostoievski.
(Isso porque o livro tem uma citação legal sobre amor que eu vou citar num outro dia. Imagine se eu fosse tratar de amor nesse meio...)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Feliz

dia do sexo.
Pra você que é virgem e não vai perder a virgindade nos próximos 50 minutos, feliz dia da punheta.

o post decente tá logo abaixo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

De novo

Ando passando minhas tardes me sentindo inútil.
E algumas manhãs também, tipo quando algum espertinho lá abre a boca. (eu tenho que trabalhar nisso hein)
Meu amigo uma vez me perguntou como é que eu conseguia ser tão 'cult', ser tão ligada em arte e correr tanto atrás dela.
A resposta, que no dia foi só um sorriso, é simples meu caro
A cultura é meu refúgio.

sábado, 28 de agosto de 2010

Dry Martini

Ingredientes:

1 dose de vermute
gelo
limão
2 doses de gim inglês
azeitona pra decorar

Modo de Preparo:

Escolha uma taça de haste fina e deixe-a no congelador;
No mixing glass, coloque 4 pedras de gelo inteiras, que demoram mais pra derreter;
Despeje uma dose generosa de gim sobre o gelo, e pingue a dose de vermute depois.
Mexa o drink com uma colher, tire a taça do congelador e sirva, sem deixar o gelo cair na taça.
Por fim, corte um quarto do limão e retire sua polpa, esprema a casca até caírem algumas gotas na mistura e passe-a na borda da taça, espete duas azeitonas num palito decorando o copo.
Welcome!